Zika discussion in Brazil

Grupo de discussão – auditório do CETEP / Irecê, BA – Brasil

Data: 09/12/16

Turno: vespertino

Duração aproximada: 1 hora

Participantes: uma mediadora, dois professores, uma coordenadora e os estudantes do terceiro e quarto ano do curso de administração. 

VÍDEO 1

Professor: Bom, nós estamos agora, nesse momento com um grupo de alunos e professores do terceiro e do quarto ano de administração vespertino aqui no centro territorial de educação de Irecê- CETEP. Hoje esta sendo a culminância dos trabalhos, tivemos outros trabalhos que foram apresentados anteriormente, e esse grupo permaneceu aqui no auditório pra a gente conversar um pouquinho a respeito do desenvolvimento do trabalho deles e o que fundamentou que argumentos optaram pelas decisões de alguns grupos que estão aqui de serem favoráveis ou não ao extermínio do mosquito. Então quem gostaria de iniciar esse debate dizendo né, que foi favorável e quais foram os motivos. A gente poderia começar pelo ultimo grupo? Vou então a busca da ultima palestrante, por que ela trouxe né, da penúltima palestrante, ela trouxe uma argumentação dizendo os motivos pelos quais o grupo dela se posicionou dessa e daquela forma. E ai eu gostaria que vocês dissessem apenas o nome de vocês está certo?

Estudante 1: Meu nome é Estudante 1, o meu grupo, quer dizer, a sala inteira, no momento em que foi passado o projeto para a gente, a gente de certa forma não se interessou, não era um assunto que a gente tinha contato. A partir do momento que foi passado pra gente as pesquisas, a gente foi despertando certamente o interesse por que era algo que “ah, vi passar no jornal, mas na região não tem muito caso”; mas quando a gente aprofundou no assunto “foi algo que certamente prejudicaria a gente” e o nosso grupo chegou a conclusão da não exterminação por causa da cadeia alimentar diretamente né, e tem também a questão dos mosquitos geneticamente modificados, que a gente, de certa forma, é a favor mas também, de certa forma, é contra por que a partir do momento que é solto muitos mosquitos pode haver a superlotação da espécie em um determinado lugar, então uma espécie não pode ter de mais mas também não pode ter a exterminação.

Professor: Você falou inicialmente que o seu grupo a principio, alias você inicialmente teria feito a opção pelo extermínio, antes dos estudos, e o que fez a sua opinião mudar?

Estudante 1: É a informação né, o conhecimento de que essa não seria a forma correta e nem seria assegurado que isso funcionaria.

Professor: Ok. Quem gostaria de discordar ou trazer um argumento que sustentasse o extermínio?

Estudante 2: Meu nome é Estudante 2, eu acho que o extermínio não seria uma coisa tão grande, porque como ela falou, tem morcego que se alimenta dele e tem outras espécies que se alimentam do mosquito, mas só que o mosquito é uma coisa tão pequena que, não é só um, tem outras espécies que as outras também se alimentam, então não causaria um grande impacto na natureza ou no ecossistema.

Estudante 3: Mas tem que ver também o caso também da vida humana, né?! Ninguém quer ficar doente e ninguém quer morrer

Estudante 2: E se fosse pra tirar essa doença que prejudica tanto na vida dos bebes, ele vai nascer com microcefalia, isso ai vai prejudicar tanto na vida deles quanto na dos pais, como é o sofrimento pra criar um filho que…

Estudante 4: Tem o preconceito

Estudante 2: Isso, vai ter isso, então eu acho que seria melhor exterminar o mosquito.

Professor: Vocês conhecem casos próximos a vocês? De pessoas que tenham tido a Zica? ou a chikungunya?

Estudante 2: Eu vi uma reportagem e eu vi que é muito doloroso, você ficar, não é só uma vez, você vai ficar prolongando esse período ate encontrar a cura, só que ate agora não tem a cura e é muito doloroso.

Professor: A dengue, vocês tiveram?

Estudante 2 e Estudante 3: Sim, já

Professor: A dengue sim

Estudante 2: E também é um período que é bem conturbado, você tem febre, você tem dores e isso tudo por causa do mosquito.

Estudante 4: Você fica internado

Estudante 2: E em é originário do nosso país, pelo o que os meninos falaram ele era egípcio, então já que ele não tinha aqui, da pra sobreviver sem ele também.

Professor: A colega pediu a palavra aqui

Estudante 5: Como nosso grupo foi a favor da exterminação do mosquito eu queria defender esse sentido por conta que não é, por exemplo, interfere sim na cadeia alimentar, mas o sapo ele não se alimenta diretamente do mosquito aedes aegypti, ele se alimenta da muriçoca, ele pode se alimentar do pernilongo, de outros mosquitos, não exatamente desse mosquito entendeu?

Estudante 6: Só que assim, como ela falou que ele também pode se alimentar de outros mosquitos, se tem um animal que está acostumado a comer esse mosquito, ate ele se acostumar a comer outra espécie, vai demorar bastante, então o que pode ocorrer é a extinção desse animal.

Estudante 7: Como ela falou e como ele falou sobre exterminar o mosquito, nunca tem como exterminar só uma espécie de mosquito vai acabar exterminando outras espécies também e isso é o que vai causar dano no ecossistema, por que você vai exterminar só o mosquito aedes? Não, vai exterminar também o pernilongo e outros tipos de espécies porque, um exemplo, foi exterminado com dedetizador ai vai matar outros tipos de mosquito, todos os tipos de mosquito e vai prejudicar toda a natureza.

Professor: Vamos ouvir aqui a colega

Estudante 8: Exatamente, com ele falou do inseticida, ai é que ta o ponto é procurar uma solução que não vá atingir outros mosquitos que vá atingir só o aedes, outra coisa, ela falou que. ..

Professor: Que outra solução seria?

Estudante 8: A gente ia pesquisar genes deles, DNA, ver uma coisa que só prejudicasse ele né, porque cada DNA é diferente, cada espécie é diferente, como existe uma espécie que se da bem com uma coisa e a gente, ser humano, não da, que pra gente já é prejudicial, então é ver o DNA de cada espécie. Falando dela, do alimento, que se alimenta de varias coisas, ai que está o sapo ele não come todo dia só o mosquito, ele varia o cardápio, e outra coisa a gente já teve extinção de outras espécies, eu seria hipócrita aqui de dizer que isso não ia interferir, mas ai a gente tinha que calcular com que intensidade isso iria interferir a gente, seres humanos, ou o ecossistema, a gente já viu ai varias extinções que não foram prejudiciais a nossa existência no plante terra então por isso que eu sou a favor do extermínio, mas sim calculado. A gente tinha que entrar num estudo aprofundado, ia ter que ver uma serie de fatores que iam levar a isso.

Estudante 2: Ele falou não sabe se tem como exterminar só a espécie do aedes aegypti, mas como a ciência hoje ta muito avançada na sua tecnologia tem como, por que, já que, vou citar um exemplo, um macaco dentro dele ele tem o vírus do ebola, esse vírus pra ele não é prejudicial, mas quando esse vírus passou pra o humano, ele foi prejudicial, ele trouxe varias coisas ruins para o ser humano, então tinha como inventar um vírus que seja só um vírus ou alguma coisa que fosse só prejudicial para o mosquito aedes aegypti, não seria para as outras espécies.

Professor: Esse estudo que você fez sobre a questão do ebola foi no decorrer das pesquisas para esse trabalho?

Estudante 2: Isso, a gente descobriu isso no decorrer das pesquisas.

Professor: Quem mais?

Menino 3:  A proposta do meu grupo foi um pouco diferente dos outros, enquanto uns decidiram exterminar ou não exterminar, nos fomos flexíveis, decidimos exterminar em áreas totalmente infectadas pra diminuir a doença no lugar, a intensidade dos mosquitos, então combater de forma controlada, controlar os lugares que estão mais afetados e os outros que não estão. É mais flexível que os outros, não somete exterminar e não somente combater, ser flexível dos dois lados.

Professor: E vocês assim, chegaram a alguma indicação de quais possibilidades existiria pra diminuir, pra fazer esse controle e combate especifico? O que poderia ser feito?

Estudante 7: Os dados que foram passados pra a gente ate agora, a Oxitec fez exames e coisas do tipo, e foram colocadas em pratica algumas delas, elas testaram nos mosquitos geneticamente modificados em áreas mais infectadas, então diminuiu drasticamente o numero de mosquitos, então dessa forma poderia ser feita em grandes áreas afetadas, e nas poucas afetadas controlar de forma mais simples pra não eliminar ao todo.

Estudante 9: Meu nome é Estudante 9 e eu gostaria de falar sobre alguns pontos que todo mundo apresentou. Os pontos sobre combater ou não, o porquê não combater, por que ele é uma espécie de alimento para outros animais como, por exemplo, o sapo e o morcego, mas esse não é o único alimento deles, esse não é o único alimento que o sapo e o mosquito podem conseguir, então, não é o fim dos outros animais se este em potencial for exterminado. Outras formas de pensar é que exterminando ele a gente poderia estar abrindo mão de pesquisas, falaram que a saliva dele era uma forma de anti-inflamatório, coisa do tipo.

VÍDEO 2

(…)

Estudante 9: Simplesmente vai acabar ali pra ele, vai ter que aparecer outra pessoa ali, que é outro gênio pra resolver essa situação. O extermínio também é impossível exterminar completamente, o pessoal conseguiu em 1950 e afetou ate nos humanos, eles estavam exterminando com os dois braços sem parar e agora na nossa vez a gente não ta querendo exterminar exatamente, mas diminuir o nível dele, diminuir o numero, de uma forma que ao menos um maior número de pessoas consigam sobreviver, então esse é o meu ponto.

Professor: Com relação a essa pesquisa que você citou, dessa tentativa de extermínio na década de 50, de onde vocês conseguiram esses dados? Que fonte foi essa?

Estudante 9: Alguns sites que falaram sobre uma pesquisadora, que ela inclusive já falou cobre uma coisa que eu falei lá no meu programa, então estão estudando faz 20 anos, 20 anos que estão estudando uma forma de modificar a genética desses mosquitos, eles vão passar para os mosquitos machos e eles vão reproduzir com as fêmeas e os novos genes vão aparecer com, é que não vai transmitir doenças. E tem a outra pesquisa também que foi feita, que esta sendo feita no Brasil que é incapacitar a nova geração de mosquitos de copularem, então é como eu falei na nossa equipe, a primeira pesquisa que chegar com resultados é a que a gente tem que aceitar, não é uma questão de prevenir o meio ambiente e só de prevenir os humanos, é de que a primeira solução que chegar a gente ter que usar, é uma questão de sobrevivência mais importante do que simplesmente pegar uma ideia e ficar só nela, só macetando nela e ignorando as outras questões.

Professor: Obrigada! Quem mais?

Estudante 2: Eu sei que muitos grupos defendem o mosquito geneticamente modificado, mas se o mosquito geneticamente modificado conseguir acasalar com todas as fêmeas selvagens e todos, reproduzirem o mosquito, e o mosquito nascer fraco e do mesmo jeito morrer, não vai estra erradicando do mesmo jeito? E também, outra coisa, eu sei que é errado, não é ético exterminar o mosquito, por que é uma coisa que já ta antes de nos, mas só que a gente também deve pensar no ser humano, se no Brasil hoje a saúde já ta nessa decadência, imagina com a superlotação, esses mosquitos só transmitindo doença, a cada ano que passa é uma doença nova, será que o Brasil vai ter infraestrutura pra suportar tantas pessoas doentes?

Professor: Essa é uma boa pergunta.

Estudante 8: Isso que eu ia falar, esse mosquito ele adquire outros vírus, então ate hoje que a gente conhece são 4, imagina daqui a alguns anos como é que vai ser, porque se ele pega uma pessoas infectada, ele, supondo, o começo do ebola foi durante a copa, ai veio alguns africanos pra cá, ai o mosquito foi, picou e adquiriu o vírus, quem disse que não pode adquirir outros vírus novos, e dá esse surto igual ta dando no Brasil de novo, então é o que a gente tem que ver né?! Porque ele transmite 4 hoje e amanha e depois?

Estudante 4: Tem a questão dele se desenvolver também né?! O mosquito pode se desenvolver daqui a algum tempo também, pode se desenvolver e trazer outras doenças também.

Professor: Sofrer mutação?

Estudante 4: Isso, exatamente.

Estudante 10: E, que nem falou sobre o controle dos mosquitos, a diminuição da quantidade da espécie. Só que, o mosquito ele leva sete dias pra virar, a larva leva sete dias pra virar mosquito e tal, então esse controle perderia a noção, porque se eles controlam tal quantidade ele vai reproduzir com mais rapidez, então eu acho que isso seria desnecessário.

Professor: E, são poucos dias né?! Sete? São sete dias. Como é que vocês descobriram esse número de sete dias?

Estudante 5: Eu, particularmente não fiz uma pesquisa, mas no decorrer da apresentação dos outros colegas, porque foram formações diferenciadas a gente recebeu essa informação de que eram sete dias que o mosquito levava.

Professor: Permaneciam vivos por sete dias, é bacana você trazer isso, mas é importante, por exemplo, quando a gente fizer alguma argumentação assim, por exemplo, segundo os dados, né, como ele colocou, da Oxitec, porque às vezes ele, ai se ela virar e disser assim, não são sete não são dez, ai você diz assim “são sete ou são dez?”, “onde foi mesmo que eu li que foi sete? Qual é a fonte cientifica que vai respaldar essa minha informação?” mas é bacana, e são poucos dias né ?! Quem mais?

Estudante 2: Ele falou também em erradicar, não, diminuir né? Então como é que vai diminuir? Porque se for usar um produto ou alguma coisa pra diminuir sempre vai ta reproduzindo, não vai ter como, e você vai ta gastando um certo capital, toda vez, todo ano sobre isso ai, pra diminuir, esse dinheiro que você poderia ta usando pra erradicar os mosquitos você poderia investir, na saúde, na educação e em outros lugares, mas você vai ta se preocupando com outro assunto que é esse mosquito.

Professor: Gente, qual é mesmo a finalidade da existência do mosquito? Porque que o mosquito existe no planeta? Eu não consegui te ouvir, que os meninos daqui eles são tímidos. É, e assim se a gente começasse a pensar assim, por que mesmo da existência? Porque tudo que tem no planeta tem uma finalidade, não é isso? Qual é mesmo a finalidade do mosquito?

Estudante 11: Mas na verdade é um ciclo né?! Um animal se alimenta do outro, do outro, do outro ate que vai chegar em um ponto, então é um Sistema, é um ciclo, enato ele existe pra alimentar e se alimentar de alguma coisa, então é basicamente isso. É a mesma coisa que eu te pergunto, e os seres humanos, eles tão aqui pra que?

Professor: Essa também é uma boa pergunta

Estudante 1: Eu só queria falar em questão da, do ciclo, que todo mundo focou no sapo, que o sapo não se alimenta só do mosquito, certamente, ele não se alimenta só do mosquito, ele se alimenta também da larva, a larva se alimenta das algas, se exterminarmos os mosquitos e as larvas haverá uma superlotação de algas, a maioria dos morcegos, o alimento principal deles é o mosquito, então vamos supor que a metade dos morcegos morrem, as águias, existem mais águias do que morcegos, como que elas ficariam, então na verdade, exterminando haverá sim um grande desequilíbrio na cadeia alimentar.

Estudante 3 fala: O certo é diminuir

Estudante 1: Por mais que ele seja um mosquito pequeno igual ele falou, ele é um mosquito pequeno, mas a exterminação dele vai causar um grande desequilíbrio.

Professor: Pronto, ai o colega colocou ali que talvez o caminho fosse reduzir, que possibilidades a gente teria para reduzir.

Estudante 1: Não nada a ver com essa pergunta ai, mas passou nos jornais que pessoas que tem o zica vírus, a melhor forma delas evitarem que o mosquito se contamine é usando repelentes, por que em vez de focar no desenvolvimento de modificar o mosquito, não foca no desenvolvimento de uma vacina que possam repelir essas pessoas do mosquito, ai ele não teria contato com o vírus, e também não contaminaria outras pessoas.

Estudante 4: Alias ninguém tem dinheiro toda hora, pra comprar repelente pra ficar passando, o Brasil ta em crise, tem dinheiro não.

Professor: Ahh, e existem repelentes naturais?

Todos: Existe

Professor: Me conte essa experiência, vocês já produziram repelente aqui? Então me explica como é que foi isso, quem pode me auxiliar? Vocês a elegeram como a porta voz de vocês? Me conte ai como foi esse…

Estudante 1: O nosso foco foi, um projeto desenvolvido pelo professor Denise, ela trouxe pra gente, a questão da dengue ai, ahh e varias pessoas tem alergia a repelentes artificiais, esses que vende m farmácia, vamos desenvolver um repelente artificial, natural, desculpa, com o custo menor e que vamos supor, todas as pessoas tenham acesso e possam produzir em casa.

Professor: Por exemplo?

Estudante 2: Ele é feito de cravo, álcool, um óleo pra poder passar né, se não vai ficar seco, pra não agredir a pele, e acho que só mesmo. Ai é só passar que ele repele, repele completamente, como os outros repelentes artificiais, e é mais em conta.

Estudante 1: Ele é mais em conta, mas também tem que ressaltar que tem uma durabilidade menor, entendeu? Ele não tem a mesma durabilidade de um repelente vendido na farmácia

Estudante 2: Ele tem um ponto a mais que o outro, por que ele não tem nenhuma substancia que seja, química, que possa agredir a pele, que possa ou venha a trazer alergia a alguma substancia que alguma pessoa seja alérgica, ele é totalmente natural, por isso que é melhor.

Professor: Interessante

Estudante 11: Bia falou sobre a vacina né, pra evitar que ele nos pique né, mas isso não vai trazer outra problemática? Por que os mosquitos ele se alimentam da gente, do nosso sangue, e ai, com é que ele ia ficar?

Estudante 10: E que nem falou que, o dinheiro que gastaria exterminando o mosquito, poderiam promover novas vacinas, e o dinheiro que gastarei pra o controle? Não seria gasto dinheiro também para o controle dos mosquitos? Ou as pessoas por conta própria elas se disponibilizariam pra combater esses mosquitos? Pra reduzir a quantidade de mosquitos?

Estudante 1: E Estudante 10 falou do controle. O controle, vamos supor, é natural, tipo, o sapo se alimenta dele, então o sapo é criado pra controlar isso, só que vamos supor que ele não ta dando conta, e também o que Estudante 11 falou, a questão dele picar ele vai se alimentar de que. é eu falei da questão da vacina, mas por exemplo, eu não o contaminada pelo zika vírus, eu posso ficar sem tomar a vacina, porque ele só transmite o vírus a partir do momento em que ele pica uma pessoa contaminada

Estudante 4: Mas imagina se vc toma uma picada, você vai contrair?

Estudante 12: Mas assim, eu acho que a vacina, pra prevenir tantas doenças foram erradicadas por causa da vacina, toma a vacina, o mosquito vai picar, vai continuar tomando nosso sangue, mas você não vai contrair o vírus.

Professor: Ele vai continuar existindo né

Estudante 12: Só que você não vai mais contrair o vírus

Estudante 10: Poderiam promover as pessoas que não tiveram contato com o vírus, poderiam não tomar a vacina e as pessoas com contato também poderiam tomar a vacina, só que uma questão que o nosso grupo estava discutindo, que a gente ficou muito curioso (…).

VÍDEO 3

Estudante 10: Outra coisa que me deixa na duvida, é porque a gente queria entender, e ainda a gente vai pesquisar, aprofundar mais, de onde veio o vírus pra esse mosquito adquirir, de onde ele teve acesso pra ele adquirir esse vírus e passar pra outras pessoas, a gente queria entender a origem do vírus que ele teve contato.

VÍDEO 4

Estudante 11: Já que a gente ta falando de onde veio, por que nessa época, nesse século ta sendo tão falado?

Estudante 2: Com ela falou, tem um…

Professor: Vocês têm algumas suposições?

Estudante 10: Não

Estudante 11: De ser feito em laboratório por que se a gente for ver a gente tem um animal hoje, que ‘e o pitbull que ele foi desenvolvido em laboratório, que parte deles são outras partes de animais.

VÍDEO 5

Estudante 11: (…) a cura na origem das doenças, então seria bom saber.

Estudante 2: Era mais ou menos isso que eu queria falar, por que tem umas pesquisas aqui que tem, os anos que foram maiores, e antes era bem pouco os casos, e quando chegou de 2015 a esse ano, o numero de pessoas contaminadas subiu.

VÍDEO 6

Estudante 2: (…) como mutação genética que Estudante 3 fez em algum laboratório, será que não foi alguma reação que ta tendo no nosso planeta em que ta fazendo com que os mosquitos se desenvolvam com um vírus maior, é isso que a gente ta pesquisando.

Professor: Isso, que fatores que tem interferido nisso.

Estudante 9: Eu tenho uma pergunta aqui, se Estudante 3 aqui tem informação de ha quanto tempo o mosquito já, ele transmite as quatro doenças que foram citadas, dengue, zica, febre amarela, tem uma quarta ai? E chikungunya. Ha quanto tempo é conhecido esses vírus sendo transmitido pelo mosquito? Por que assim, o pessoal ta falando que foi usado como arma química, biológica, só que o pessoal começou a usar essas armas, esses artifícios, não faz muito tempo e esses mosquitos vieram com a transportação dos escravos no século XVI, então o numero não bate, mas quando foi com o mosquito ele começou a transmitir esse vírus, essa doença, como ele desenvolveu, ele se desenvolveu dessa forma, eu diria que ate de uma forma um tanto quanto natural por que se ele conseguiu esse tipo de habilidade de transmitir essa doença, ele vai aprender outras também e um outro ponto que David tinha dito é que se nesse mosquito, aparecer outro mosquito com as mesmas coisas, ai é que a casa cai, porque dois mosquitos com um nível desses.

Estudante 13: Na verdade ele falou de outro mosquito realmente que transmite que é o mosquito tigre, que ele transmite tanto a dengue, a chikungunya, não me lembro se transmite a zika, mas eu sei que além dessas duas que o mosquito da dengue transmite, ele vai transmitir a malária, eu vi uma pesquisa que disse que você acabando exterminando o mosquito da dengue, esse outro mosquito pode tipo, se procriar mais, por que não vai ter o mosquito da dengue, então não poderia ser uma boa também, por que você tem que acabar combatendo o outro também.

Estudante 9: Eles têm que trazer a informação de como é que esse mosquito do chikungunya ta inventando outros tanto quanto eles

Estudante 14: Sim, falando da origem um amigo citou aqui justamente no trabalho dele que tanto é que ele quer falar um pouco ali, que o nome dele é originário lá do Egito aedes, acredito que mosquito e aegypti, Egito, mas assim uma origem exata da doença ainda não encontramos, tanto que fizemos pesquisas, mas não encontramos, por que pessoas que viveram lá naquela década não estão vivas pra contar isso hoje, mas sim ele é originário lá do Egito o nome dele é tanto que aegypti é Egito e ele quer falar.

Menino 3:  Levantaram a questão de quanto custaria esse projeto né, a mesma pergunta eu posso falar, quanto custa pra virar uma garrafa, pra evitar que novos mosquitos se reproduzam? Por lei na constituição brasileira, diz, incube ao poder publico proteger a fauna e a flora vedadas na forma da lei as práticas que colocam em risco a sua função ecológica. Então alguns animais, ou todos pra ser mais sincero, são protegidos por lei, pelo menos aqui no Brasil, se fosse levantada a questão de exterminar ao todo teria que bater de frente com a lei pra o poder eliminar.

Professor: Interessante isso que você traz né, essa questão da legalidade do extermínio de uma espécie né, agente ainda não tinha pensado, quer dizer, eu né, ainda não tinha me dado conta.

Estudante 3: É porque você chegou um pouquinho atrasada

Professor: Que eu cheguei um pouquinho atrasada né, desse impedimento, interessante. Isso você foi buscar na legislação, na constituição foi isso? Na constituição federal?

Menino 3: Isso, foi criada em 1988 essa lei

Professor: Você tem ai o artigo? Deixa eu colocar aqui, só um minuto. Ok; então, eu ouvi um burburinho aqui atrás.

Estudante 11: É por que assim, o negocio não é a origem do vírus, que a gente já sabe que foi no Egito, mas sim a origem da doença, que a partir de um tempo ele adquiriu essa doença, e também tem que ver o negócio da lei, se é uma lei perpetua, se pode ser mudada ou se pode ser debatida, entre países ou entre o Brasil ou entre estados, isso ai a gente pode ver, mas nenhuma lei ela é perpetua, tanto que a que fala que o limite mínimo, assim, pra gente é 18 anos pode ser debatido ai também, vai contra a constituição, mas dependendo da década, do ano e do tempo pode ser debatida e pode ser alterada.

Estudante 2: Ele falou sobre a constituição foi? Sobre proteger os mosquitos?

Professor: Ele trouxe um artigo da constituição federal de 88, que nos impede de desenvolver ações que provoquem o extermínio de espécies.

Estudante 2: Mas eu queria fazer uma pergunta pra ele, se ele fosse o presidente do Brasil, e ele visse que as pessoas estavam morrendo, no caso desse mosquito, o que ele faria, se ele ia deixar as pessoas morrer por causa do mosquitinho?

Estudante 11: Exatamente, assim a gente seria exterminada, é uma espécie contra outra.

Professor: E venha cá, e quem é responsável pole registro da constituição é o presidente?

Todos: Não

Professor: Como é que as leis são feitas?

Estudante 11: Senado. Na verdade passa pela câmara de deputados, senado, ai se for aprovado ai vai e sanciona o presidente.

Professor: Via participação popular, né?

Menino 3: Se eu tivesse a posição de presidente, eu sendo presidente, não tenho poder total para decidir somente o que eu quero, e necessário que pessoas apoiem o que eu quero então pessoas em sã consciência, acho que não levariam em conta o extermínio de uma espécie, seja ela qual for, a que foi citado por alguns colegas meus, tem benefícios, mesmo o mosquito, então o necessário seria ou o controle ou a gente erradicar pelo menos parte deles.

Estudante 1: E qual seria a punição, pra se no caso, um país resolvesse exterminar uma espécie?

Estudante 9: A punição? Essa lei tá em quantos países?

Todos: Só no Brasil

Estudante 9: Então, é uma questão assim de um país vai optar por exterminar o outro vai optar por controlar, o outro vai optar por combater, e estamos pensando numa lei de 88, a situação não era a mesma que de hoje em dia, e não vai ser a mesma que daqui a 10 anos.

Estudante 1: Aqui também, a amostra do nosso repelente, que a gente produziu, ele tem um cheirinho não muito agradável, mas já foi comprovado que ele repele e também foi assinado pelo nosso professor Pedro Primo que é químico.

Professor: Foi patenteado?

Estudante 1: Não, ainda não.

Professor: Vocês sabem a formula desse repelente? O que tem ai, que composto?

Estudante 1: Sabemos

Professor: O que tem ai?

Estudante 1: Cravo, álcool e óleo de bebe.

Professor: Vocês testaram?

Estudante 1: Aham, inclusive comercializamos na expoagri esse ano.

Professor: Vocês tem registro? Como é que vocês fizeram pra comercializar?

Estudante 1: A gente desenvolveu, passou pelo professor que ele é perito e químico, ele aprovou e deu autorização pra gente comercializar, a gente desenvolveu o rotulo, a embalagem, foi tudo produzido por nos mesmo.

Estudante 11: Teve ate votação de nome

Estudante 10: E toda substancia que era usado, porque tem pessoas que elas são alérgicas a esse tipo de produto.

Estudante 11: Exatamente

Professor: E vocês fizeram essas pesquisas pra saber como é que cria rotulo, construção de design?

Estudante 1: A sala foi dividida em grupos, e cada grupo desenvolveu um rotulo, e ai pessoas que não estava envolvida no projeto, votaram e ai chegaram a conclusão que aquele rotulo seria o melhor pra colocar no produto.

Professor: Ótimo, muito interessante esse trabalho de vocês. Algo mais?

Estudante 14: É isso ai, Estudante 3 aqui quer morrer, quer ser extinto.

Professor: Gente. É um dilema né, esse é um dilema. Bom gente, eu agradeço a cada um de vocês pela participação, pela colaboração e ate qualquer momento desses.